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Produtividade no Home Office – Caso Itaú

A produtividade no home office sob o olhar da tecnologia — o que o caso Itaú nos ensina

Recentemente, o Itaú Unibanco chamou atenção do mercado ao demitir cerca de mil funcionários que atuavam no regime híbrido ou 100% remoto, após uma profunda análise da produtividade no home office.

O que motivou essa decisão

  • O banco constatou incompatibilidades entre as atividades registradas nas plataformas de trabalho remoto e o registro de ponto formalizado pelos colaboradores.

  • Foram observados períodos de inatividade nas máquinas corporativas, de acordo com o sistema de monitoramento de atividades, muitas vezes superiores a algumas horas, o que destoava do que constava no ponto registrado.

  • O Itaú afirmou que a revisão foi “criteriosa” e que os desligamentos decorrentes dessa análise foram parte de um processo que visa preservar a cultura de confiança com colaboradores.

Críticas e desafios levantados

  • O Sindicato dos Bancários apontou que muitos funcionários foram desligados sem aviso prévio ou diálogo prévio, alegando desrespeito aos canais de comunicação e ausência de oportunidade para correção.

  • Também se levantou a questão de que métricas puramente quantitativas — número de cliques, atividade no mouse, tempo em que o computador está “ativo”, etc. — podem não refletir a totalidade do trabalho remoto: tarefas mais silenciosas (análise, leitura, planejamento) nem sempre aparecem nesses indicadores.

  • E, claro, há preocupações com privacidade, transparência, comunicação clara sobre métricas usadas, proporcionalidade e equilíbrio para evitar que a medição vire assédio ou vigilância excessiva.


Como a tecnologia pode ser usada de forma equilibrada — Prussiati pode ajudar

Aqui na Prussiati – Soluções em Tecnologia, acreditamos que monitoramento e métricas de produtividade são ferramentas poderosas — quando usadas com responsabilidade. Se bem implementadas, podem trazer benefícios como:

  • Maior transparência nos processos de trabalho

  • Melhor alinhamento das expectativas entre gestor e colaborador

  • Identificação de gargalos ou falhas operacionais antes que se tornam problemas maiores

  • Otimização de recursos humanos e tecnológicos

  • Melhoria contínua do desempenho da equipe

Mas para isso, alguns aspectos são essenciais:

  1. Definição clara de indicadores: o que será medido, como será medido, com que periodicidade, e para quais objetivos.

  2. Comunicação transparente com os colaboradores: explicar quais métricas serão usadas, por quê, quais os limites, e garantir que tudo esteja de acordo com a legislação trabalhista e normas de privacidade.

  3. Proporcionalidade e justiça: entender que nem toda tarefa aparece em métricas automáticas, considerar contexto, tempo para tarefas mais sutis.

  4. Uso correto da tecnologia: softwares de monitoramento, logs de uso, atividade em sistemas corporativos, entre outros — combinados com análise humana e revisão de desempenho.


O que o Itaú fez — e o que sua empresa pode fazer parecido

O Itaú usou tecnologia para monitorar uso das máquinas corporativas, comparar registro de ponto com atividade registrada nas plataformas, identificar períodos de pouca atividade ou inatividade (mouses, cliques, aplicativos abertos etc.) e cruzar isso com as jornadas declaradas.

Essa mesma tecnologia está disponível para sua empresa — inclusive para micro e pequenas empresas — e pode fazer diferença não para demitir, mas para ajustar processos, melhorar produtividade, evitar retrabalhos e identificar onde o suporte ou ferramentas estão faltando.

O cuidado necessário

  • Certifique-se de que os colaboradores saibam desde o início que existe esse tipo de monitoramento, e quais são os parâmetros.

  • As métricas precisam ser justas, razoáveis, proporcionais ao tipo de tarefa. Nem tudo pode ser medido por cliques ou uso do mouse.

  • Respeitar direitos legais, como jornada de trabalho, direito à privacidade, e mecanismos de correção ou feedback antes de penalizações.

  • Sobretudo, manter a cultura organizacional alinhada: confiança, diálogo, melhoria contínua — para que o monitoramento não se torne uma ferramenta de pressão desnecessária ou desmotivadora.


Conclusão

O caso do Itaú mostra que, hoje, monitoramento de desempenho remoto não é mais ficção: é realidade. E empresas que dependem de home office ou regimes híbridos não podem simplesmente ignorar esse aspecto, sob pena de surpresas desagradáveis.

Mas essa realidade traz oportunidades: otimizar, melhorar gestão, detectar problemas antes que se agravem — sempre com responsabilidade.

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